10 de agosto de 2015
Hélia Correia (Prémio Camões) na Feira do Livro - 11 de Agosto - Terça Feira
Esta Terça, dia 11 de Agosto, a partir das 21:30 H. venha conhecer a mais recente vencedora do Prémio Camões.
8 de agosto de 2015
7 de agosto de 2015
Hoje na Feira do Livro - Quinto Império de António Botto Quintans
António Botto Quintans, fascinado por um misterioso fresco existente na capela, lança-se na investigação e encontra marcas inéditas da presença templária em toda a zona envolvente, inclusive um campo de sepultura e registos escritos que sugerem que algo de muito importante foi escondido nesta zona durante o reinado de D. Dinis.
Realizando uma missão de vida, apresenta-nos um conjunto de testemunhos físicos e historiográficos surpreendentes, que acrescentam um novo capítulo ao passado ancestral de Portugal, passando pelo Tesouro dos Templários – herdado pela Ordem de Cristo – e o aparente local onde Camões se terá inspirado para escrever a Ilha dos Amores que, segundo Agostinho da Silva, marcou na literatura portuguesa o início do mito do Quinto Império.
30 de julho de 2015
À conversa com Sílvia Caneco - Sexta Feira, 21H30
Sílvia Caneco revela em «As Conversas Secretas do Clã Espírito Santo» a história de uma família destruída e destituída de segredos, contada pelas vozes dos próprios membros do clã Espírito Santo. A edição é da Esfera dos Livros.
«"O grupo acabou e eu não tenho forma de o recuperar".
Foi com esta frase curta e gelada que Ricardo Salgado abriu os olhos dos representantes de cinco ramos da família Espírito Santo, a qual estava a poucos dias de ficar sem o banco e sem o grupo empresarial. O encontro parecia uma cerimónia fúnebre: já havia contas congeladas e faltava dinheiro para pagar viagens, salários, advogados. A derrocada iniciara-se em novembro de 2013, mês em que as reuniões do Conselho Superior do GES começaram a ser gravadas com o consentimento de todos os seus participantes.
Foi num destes encontros que Ricardo Salgado tentou empurrar José Maria Ricciardi para fora da comissão executiva do BES - Ricciardi afrontou diretamente Salgado, ameaçando revelar publicamente as razões por que não lhe dera um voto de confiança. Mas o duelo entre os primos, que aqui se conta na íntegra com a transcrição de todas as suas conversas, é apenas uma ínfima parte da história que nos é contada pela jornalista Sílvia Caneco.
Descoberto o buraco de 1300 milhões de euros nas contas de uma das holdings, o cerco começou a apertar-se. O relato dos últimos dias revela as imposições e as cedências do Banco de Portugal, os telefonemas crispados entre Salgado e o vice-governador e os múltiplos planos que o líder do BES tentou executar para salvar o grupo - e que passaram por venezuelanos, empresários de futebol, Passos Coelho, Paulo Portas, Maria Luís Albuquerque, Carlos Moedas e Durão Barroso.
"Estamos rodeados de aldrabões" é apenas uma das frases-chave de Salgado nestas conversas de família em que se confessaram contornos sobre o famigerado negócio dos submarinos, sobre a comissão do construtor civil José Guilherme ou sobre a garantia de Angola ao BESA.»
29 de julho de 2015
25 de julho de 2015
23 de julho de 2015
Prova Literária Biblioteca da Nazaré - Relógio d' Água
1- Destina-se esta prova a indivíduos maiores de 16 (dezasseis) anos;
2- A data limite para entrega do texto a concurso será dia 13 (treze) de
Agosto de 2015, até às 24h, no espaço onde se realiza a Feira do
Livro (Centro Cultural da Nazaré);
3- Deverão os concorrentes inscrever-se na Feira do Livro; por carta
endereçada à sede da Biblioteca da Nazaré; através de correio
electrónico, até ao dia 13 (treze) de Agosto de 2015, carecendo
sempre de apresentação de documento de identidade, na forma
presencial ou por digitalização do documento;
4- É limitado o número de concorrentes aos primeiros 30 (trinta)
inscritos;
5- Constará a prova de um texto, em prosa ou em verso (conto,
crónica, prosa poética, poesia versificada), a partir de um mote,
igual para todos, que será dado aos participantes no acto de
inscrição;
6- O texto a concurso não poderá exceder o espaço de duas páginas
A4 (em caso de manuscrito), nunca ultrapassando 80 (oitenta)
linhas de texto;
7- O texto a concurso deverá ser entregue no interior de um envelope
em branco. O texto deverá ser identificado por pseudónimo. No
interior do envelope deverá ser incluído um outro envelope que
contenha a identificação real do participante. Este envelope deverá
apenas conter no exterior o pseudónimo do concorrente. Quem não
obedecer a estas regras será automaticamente excluído do
concurso;
8- Presidirá à prova um júri de 3 (três) elementos nomeados pela
Biblioteca da Nazaré, entidade organizadora da prova;
9- Far-se-á apreciação dos textos tendo em atenção a qualidade
literária, independentemente da extensão ou do género escolhido;
10- Consideram-se, para a apreciação qualitativa, os seguintes
parâmetros: apuro linguístico; originalidade; imaginação;
capacidade de síntese; facilidade expositiva; equilíbrio estético e
exploração da proposta apresentada;
11- Haverá um primeiro classificado, a quem será atribuído, como
prémio, um conjunto de livros, no valor de 200 €. Será comunicada
a decisão do júri dia 15 de Agosto de 2015 na Feira do Livro, pelas
21,30h, não podendo haver qualquer recurso;
12- Disporá a Biblioteca da Nazaré de todos os textos apresentados a
concurso, para efeito de eventual publicação;
13- É reservado ao júri o direito de não atribuir prémio, tanto por falta
de qualidade dos textos como por outra razão ponderável;
14- Será garantido, a todos os participantes, o direito de reserva de
anonimato através de pseudónimo na avaliação dos textos e na sua
publicação.
12 de maio de 2015
Parabéns Amiga Hélia Correia
A escritora Hélia Correia, com a obra Vinte Degraus e Outros Contos, venceu a 23.ª edição do Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, no valor de 7500 euros, foi esta segunda-feira anunciado.
Instituído em 1991, ao abrigo de um protocolo entre a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e a Associação Portuguesa de Escritores (APE), o Grande Prémio do Conto, no valor de 7500 euros, destina-se a galardoar uma obra em língua portuguesa de um autor português ou de um país africano de expressão portuguesa.
Esta 23.ª edição destinava-se a obras editadas em 2014. Vinte Degraus e Outros Contos foi editado pela Relógio d'Água.
28 de abril de 2015
A Biblioteca abre hoje à Noite
Porque há sempre um livro que podíamos ler ou levar para casa... um café que podemos tomar entre amigos...um filme a passar... porque há toda uma vida a ganhar na Biblioteca da Nazaré... vem descobri-la durante esta noite e nas próximas terças~feiras a partir das 21 horas e 30 minutos.
25 de Abril na Biblioteca da Nazaré - Vídeo de Luís Pinto
Não podíamos deixar de partilhar este vídeo do nosso sócio e amigo Luís Pinto... a noite de 24 para 25 de Abril foi uma festa fraterna que será sempre repetida...em nome da Liberdade e da Cultura... 25 de Abril Sempre!
22 de abril de 2015
Músicas para o Convívio de 24 de Abril
Para além da Música Popular Portuguesa, o canto de intervenção de outros pontos do mundo também passará pela Biblioteca da Nazaré...Juntos fazemos a Liberdade
21 de abril de 2015
8 de abril de 2015
7 de abril de 2015
Quatro Poemas em dia de Aniversário
Com votos de muitas felicidades e uma grande amizade...
Quatro poemas de Jaime Rocha
1.
A mulher caminha pelas urzes, no auge
do vento, já depois da morte, enovelada
pelos ramos que cortam a paisagem.
O homem está parado como uma ave
de pedra, batida pelo fumo. Depois, é o
corpo dela desfeito sobre os rochedos,
uma faísca que incendeia um pedaço
de madeira. O homem, amarrado a uma
mancha de ferro, contempla o corpo vazio.
Um pássaro cego cai em cima de um espelho.
É o rosto dele despedaçado, a dor.
Tudo é medonho à sua volta, a parte
de trás da luz, a humidade, a respiração
das plantas.
do vento, já depois da morte, enovelada
pelos ramos que cortam a paisagem.
O homem está parado como uma ave
de pedra, batida pelo fumo. Depois, é o
corpo dela desfeito sobre os rochedos,
uma faísca que incendeia um pedaço
de madeira. O homem, amarrado a uma
mancha de ferro, contempla o corpo vazio.
Um pássaro cego cai em cima de um espelho.
É o rosto dele despedaçado, a dor.
Tudo é medonho à sua volta, a parte
de trás da luz, a humidade, a respiração
das plantas.
***
13.
Toda aquela assombração está gravada
na tinta como se pertencesse a um livro
queimado, roído pelo sol. O homem sabe
que se trata de uma morta, mas não
entende que é a cicatriz do seu peito que
lhe ocupa o sono e o cativa para um ritual
demoníaco. Conhece os seus cabelos, os
lábios a descerem pelas amoras, pela cera.
E toda a sua pele sobressai, pintada na
parede, nos pregos, nas mãos que descansam
em cima de uma toalha. Um navio incendeia-se
contra um recife. É ela ou os seus vestidos a
desaparecerem no horizonte, no fim de tudo.
na tinta como se pertencesse a um livro
queimado, roído pelo sol. O homem sabe
que se trata de uma morta, mas não
entende que é a cicatriz do seu peito que
lhe ocupa o sono e o cativa para um ritual
demoníaco. Conhece os seus cabelos, os
lábios a descerem pelas amoras, pela cera.
E toda a sua pele sobressai, pintada na
parede, nos pregos, nas mãos que descansam
em cima de uma toalha. Um navio incendeia-se
contra um recife. É ela ou os seus vestidos a
desaparecerem no horizonte, no fim de tudo.
***
38.
Ela diz, é a sua primeira fala depois de morta,
tapar-te-ei com os meus cetins como se o meu
corpo fosse um risco no céu.
corpo fosse um risco no céu.
O homem sabe que as palavras são apenas uma
memória. A sua cintura procura reviver depois
de os cães o terem dilacerado. É um grito, um
beijo frio. Ela avança com a roupa ensanguentada.
Mas é apenas uma moldura envolvida pelo âmbar,
uma luminosidade difusa, saída de uma necrópole.
Um dos lados do seu rosto fica negro, como se a
lua tivesse passado por cima dele e o deixasse
marcado por uma dor.
memória. A sua cintura procura reviver depois
de os cães o terem dilacerado. É um grito, um
beijo frio. Ela avança com a roupa ensanguentada.
Mas é apenas uma moldura envolvida pelo âmbar,
uma luminosidade difusa, saída de uma necrópole.
Um dos lados do seu rosto fica negro, como se a
lua tivesse passado por cima dele e o deixasse
marcado por uma dor.
***
48.
A mulher mostra-se na luz, entre a folhagem.
A cor dos seus cabelos está intacta. Ela tece
um caminho para o homem, mas as mãos dele
colaram-se ao cimento, os seus olhos pararam
no tempo. Todo o seu corpo se assemelha agora
a uma árvore acorrentada pelas heras onde não
entra a música, nem o tempo que separa os dias.
As ondas sustiveram o movimento em direcção
à praia, regressando ao outro lado do horizonte.
As nuvens caíram. As aves perderam as asas.
Tudo, até os cães, desapareceu na escuridão.
Apenas umas pétalas esvoaçaram ao acaso,
seguindo o rasto dos morcegos, num último
torpor, numa vergonha.
A cor dos seus cabelos está intacta. Ela tece
um caminho para o homem, mas as mãos dele
colaram-se ao cimento, os seus olhos pararam
no tempo. Todo o seu corpo se assemelha agora
a uma árvore acorrentada pelas heras onde não
entra a música, nem o tempo que separa os dias.
As ondas sustiveram o movimento em direcção
à praia, regressando ao outro lado do horizonte.
As nuvens caíram. As aves perderam as asas.
Tudo, até os cães, desapareceu na escuridão.
Apenas umas pétalas esvoaçaram ao acaso,
seguindo o rasto dos morcegos, num último
torpor, numa vergonha.
[in Necrophilia, Relógio d'Água, 2010; um ciclo de 50 poemas em torno do quadro Beata Beatrix, de Dante Gabriel Rossetti]
4 de abril de 2015
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